A integração Brasil, Ásia e Mercado Andino e sua estreita relação com MT

Na semana passada, iniciamos uma discussão sobre as significativas iniciativas de integração econômica entre o Brasil, a Ásia e o Mercado Andino, com destaque para a implementação das Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs) e a construção da Rota Rondon no estado de Mato Grosso. Dada a complexidade e a relevância estratégica dessas medidas para o desenvolvimento regional e internacional, torna-se imperativo continuar a explorar esse tema. A continuidade da análise é essencial para compreender um pouco mais as implicações jurídicas, econômicas e sociais dessas iniciativas, que prometem transformar o panorama econômico do Centro-Oeste brasileiro e fortalecer as relações comerciais do Brasil com importantes blocos econômicos globais.

 

A implementação das Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs) e a construção da Rota Rondon constituem iniciativas fundamentais para a integração econômica entre o Brasil, a Ásia e o Mercado Andino, passando pela Bolívia, Chile e Peru, representando um marco estratégico sem precedentes para a região Centro-Oeste.

 

Nesse âmbito, a ZPE de Cáceres, especificamente, está projetada para ocupar aproximadamente 240 hectares, um ponto nevrálgico na fronteira com a Bolívia, que facilitará o escoamento da produção local e potencializará a interação econômica com outros países sul-americanos. Esse parque industrial, previsto para abrigar mais de 230 empresas, é visto como um motor de desenvolvimento econômico, estimando-se a criação de mais de 20 mil empregos, diretos e indiretos, o que resultará em um impacto direto no aumento da renda per capita e na melhoria do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da região.

“Nesse âmbito, a ZPE de Cáceres, especificamente, está projetada para ocupar aproximadamente 240 hectares, um ponto nevrálgico na fronteira com a Bolívia, que facilitará o escoamento da produção local e potencializará a interação econômica com outros países sul-americanos”

 

Além disso, é importante rememorar que as ZPEs são delineadas como distritos industriais onde se promove uma liberalização cambial significativa, permitindo às empresas operarem sem a necessidade de converter os dividendos internacionais, o que é um atrativo considerável para investidores estrangeiros. Essa estrutura facilita ainda a importação de tecnologia e maquinário sem os encargos tradicionais, propiciando um ambiente altamente competitivo e inovador. Adicionalmente, os benefícios fiscais e a simplificação dos processos administrativos diminuem os custos operacionais, aumentando a viabilidade de novos investimentos e o desenvolvimento de tecnologias avançadas.

 

Quanto à Rota Rondon, igualmente mencionada na semana passada, atravessará uma série de localidades estratégicas, a saber, duas rotas: uma por Pontes e Lacerda, Vila Bela da Santíssima Trindade, até Marfil, o posto de controle da polícia na divisa Brasil – Bolívia, daí segue até San Ignácio de Velasco; a outra rota, é por Cáceres até San Matias e San Ignacio de Velasco. Deste ponto para o pacífico, é uma rota única para os portos do pacífico no Chile ou Peru. A passagem por essas diversas localidades tende a melhorar a conectividade e o acesso às infraestruturas regionais e promover o desenvolvimento uniforme por meio da facilitação do transporte de bens e serviços, essencial para a expansão econômica, social e cultural.

 

Em meio a essas transformações estruturais e econômicas, aproveito também para parabenizar meu pai, José Lacerda, que sempre emergiu como um pilar de liderança e visão para essa causa, desempenhando ao longo dos anos um papel significativo na promoção de legislação favorável à criação da  ZPE de Cáceres, trabalhando ativamente para garantir que as políticas atraiam investimentos estrangeiros e fomentem a competitividade industrial local, melhorando a qualidade de vida da população dessa região.

 

Trabalha-se agora para concretizar a interação mais robusta entre Mato Grosso e mercados globais, estabelecendo o estado como um símbolo de desenvolvimento sustentável e cooperação internacional. Sob essa égide, a região Oeste será cada vez mais caracterizada por uma integração econômica coesa e um ambiente de negócios inovador. Trata-se de projetos emblemáticos, de uma era de progresso e refinamento, deixando um legado que perdurará como um testemunho do poder transformador de visão, comprometimento e diligência. Façamos parte disso para deixar um lastro de dignidade e força na nossa história.

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