Nesta coluna, quase sempre me dedico a tratar de temas relativos ao direito e ao agronegócio, ao meio ambiente e questões diretamente ligadas ao Estado de Mato Grosso e ao Brasil, enquanto economia e sociedade organizada em busca de direitos e justiça.
Alguém poderia pensar: “Ahhh, mas vai falar de política agora?” Exatamente! E isso significa dizer que estarei falando dos mesmos temas que comumente apresento aqui, mas dessa vez, com um poder a mais!
Estamos nos aproximando de uma data muito significativa no Brasil: chegou o tempo de escolher quem nos representará na Administração Pública, na elaboração de leis e na aplicação do dinheiro público para melhoria de toda a sociedade Brasileira, no âmbito estadual e federal.
Serão disputados os cargos de presidente da República, governador de estado, senador, deputado federal e deputado estadual. Neste ano, a votação será realizada simultaneamente em todo o País no dia 7 de outubro, em primeiro turno, e nos casos de segundo turno, a votação será no dia 28 de outubro.
Em concordância com a legislação em vigor, o eleitor deverá optar na urna eletrônica, obedecendo à sequência de votação: deputado federal, deputado estadual (ou distrital no caso de Brasília- DF), senador primeira vaga, senador segunda vaga, governador e presidente da República.
Há quem diga que não gosta de política. Mas até hoje não conheci uma pessoa que não desejasse escolas mais estruturadas, sistema de saúde eficiente, segurança para andar nas ruas, preços melhores, boas estradas… Tudo isso é política!
Aquela vaga na universidade, a água encanada e tratada que chega aos postos de saúde, facilidades para empréstimos, incentivos fiscais: política.
Quanto de imposto eu pago para comprar um pão, um celular, combustível, energia elétrica… Mais política.
Não há um fato social que esteja desvencilhado das decisões tomadas por nossos representantes. Omitir-se do direito-dever de votar não é eficiente, uma vez que se você, curioso leitor que chegou até aqui, não votar, outros escolherão por você! Haverá um representante. Estar insatisfeito é o melhor motivo para escolher conscientemente.
É preciso acabar com a falsa ideia de que políticos são todos iguais. Não são. Os políticos, assim como todas as demais classes, são pessoas com índoles, costumes e valores diversos. É certo que existem políticos corruptos e incompetentes, entretanto, muitos são dedicados e possuem a real intenção de fazer um bom trabalho no cargo que exercem.
O grande desafio é como identificar quem é quem. São muitas as maneiras de conhecer os candidatos: é possível ler os planos de governo; assistir aos noticiários, debates, entrar em contato com as equipes e assessorias por e-mail ou redes sociais, conferir o histórico do candidato na internet… Nunca se teve tantos recursos à disposição como agora.
Outra fonte de informação são as campanhas. Elas costumam ser todas muito bonitas e bem pensadas. Todavia, vale estar atento às propostas que são feitas, se há previsão orçamentária para o que é prometido ou se a fala de determinado candidato representa apenas uma vontade. É preciso verificar se os projetos mencionados são compatíveis com o cargo pleiteado. Cada cargo tem limitações e prerrogativas distintas. Também é uma prática proveitosa conferir se os compromissos feitos em campanhas anteriores foram cumpridos.
Assim, é necessário elencar os valores e discursos que cada candidato defende. As ideias que o partido sustenta, também devem ser relevantes no momento do sufrágio.
Por fim, depois de eleito o representante, cabe ao representado, o cidadão, acompanhar e cobrar o agente público. O direito de escolha é a conquista de uma nação democrática. Para um País que seja seu, um Estado que seja seu, que seja seu também o voto.
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